quinta-feira, 21 de julho de 2011

ATIVISTAS AMBIENTAIS EM ESTADO DE ALERTA

Um dos projetos de hidrelétricas citados do relatório é o de Santa Isabel, localizado na região do rio Araguaia, no Pará, que anos atrás havia sido retirado do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDEE).

A retomada do projeto foi o sinal de alerta para os ativistas ambientais. "O governo brasileiro quer fazer um monte de hidrelétricas para atender interesses de políticos e empreiteiras, naturalmente".

Em seu blog, Telma Monteiro diz que a hidrelétrica Santa Isabel pode afetar diretamente as Unidades de Conservação Parque Estadual Serra dos Martírios - Andorinhas, APA São Geraldo do Araguaia e APA Lago de Santa Isabel, localizadas em área considerada de alta prioridade para a proteção da biodiversidade, além de afetar diretamente 131 cavidades naturais.

Com área prevista de 250 Km2 de reservatório, está programado para gerar 1080 MW e atingir os municípios Palestina do Pará/PA, Piçarra/PA, São Geraldo do Araguaia/PA, Ananás/TO, Aragominas/TO, Araguaina/TO, Riachinho/TO e Xambioá/TO.


Matéria da jornalista Elaíze Farias

Jornal A Crítica

AMAZÔNIA TEM 100 PROJETOS DE HIDRELÉTRICAS


Jornal A Crítica

Matéria da jornalista Elaíze Farias

Data: 17/07/2011


O Relatório de Acompanhamento de Estudos e Projetos de Usinas Hidrelétricas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), cuja atualização data do dia 31 de maio de 2011, aponta 144 projetos de aproveitamento de usinas na Amazônia, entre grandes hidrelétricas e pequenas centrais hidrelétricas (PCH) - aquelas com potencial abaixo de 30 megawatts.

O projeto mais avançado é justamente a Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, usina que deverá gerar mais de 11 mil megawatts, e que vem sendo alvo de protesto de movimentos sociais e indígenas contrários ao empreendimento.

Os Estados do Acre, Amazonas, Pará, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão estão na lista dos projetos. Entre as bacias mais impactadas estão Jamamanxi, Tapajós e Teles Pires. No documento, ao qual o portal acritica.com teve acesso, há diferentes etapas das análises, entre inventários e elaborações do projeto.

No Amazonas, dois projetos se destacam: a elaboração de estudos na área do rio Canumã e seu afluente, rio /acari, na calha do Madeira. As hidrelétricas, diferentes das demais descritas no relatório, não trazem dados sobre potência prevista.

Os dois agentes responsáveis pela elaboração dos estudos e projetos no Madeira destas duas hidrelétricas são Voltalia Energia do Brasil e a Ersa-Energia Renováveis.

Na divisa do Acre com o Amazonas há também outro empreendimento previsto, localizado na região do rio Juruá e seu afluente, rio Moa. Não há informações sobre a potência. O estudo está em elaboração.

"O tamanho das hidrelétricas não é tão importante. Os impactos serão os mesmos e até duplicados. Estamos falando de Amazônia. Qualquer interferência vai ter sérias consequências ambientais e trair migração", analisou Telma Monteiro, ativista ambiental e estudiosa dos impactos sociais que as hidrelétricas provocarão na Amazônia, especialmente com represamento dos rios.

Em recentes entrevistas sobre os prejuízos das hidrelétricas na região, Telma Monteiro alerta que, diferente do discurso oficial do governo brasileiro, os empreendimentos não produzem energia limpa e barata.

domingo, 17 de julho de 2011

DIA DE PROTEÇÃO ÀS FLORESTAS

Hoje comemoramos o Dia de Proteção às Florestas. Acredito que esta data sirva, pelo menos, como reflexão frente às ameaças, que não são poucas e que comprometem os principais Biomas e Ecossistemas Brasileiros no século atual. Além da Floresta Amazônica (Floresta de terra firme, Floresta de várzea e Floresta de igapós); temos a Floresta da Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado, os Pampas, Banhados, Pantanal, Manguezais, Restingas, as Zonas de Cocais, Dunas e Mata Araucárias que se enquadram na Proteção de Florestas.

Quanta riqueza possui esse imenso Brasil! Riqueza tão explícita, real, sem levar em conta a taxa de extinção das espécies nos últimos anos . Em pleno século XXI o Brasil ainda discute e experimenta medidas de precaução e proteção para as nossas Florestas. Quando digo "em pleno" é válido salientar e ressaltar que há 19 anos (1992) aconteceu a conferência considerada como o grande marco das discussões ambientais globais; "ECO-92" e ficou conhecida como a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD). O seu objetivo principal foi de buscar meios de conciliar o desenvolvimento sócio-econômico com a conservação e proteção dos ecossistemas da Terra.

A ECO-92 propiciou a elaboração de vários documentos oficiais como: A Carta da Terra; três convenções (Biodiversidade, Desertificação e Mudanças Climáticas); uma declaração de princípios sobre florestas; a Declaração do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento; a Agenda 21 (que serviria como base para cada país elaborar seu plano de preservação do meio ambiente).

Nestes 19 anos, diversos Encontros, Conferências, Fóruns e Convenções foram criados para estabelecimento de metas, gerarem acordos nacionais e internacionais, onde as sugestões, críticas, opiniões e conhecimentos, pudessem de certa forma, minimizar os impactos ambientais e harmonizar justiça social e crescimento econômico com preservação do meio ambiente, principalmente das Florestas.

Ainda assim e de diversas formas, se discute, se analisa, o tão comentado Código Florestal, cujas mudanças propostas pelo deputado Aldo Rebelo, apesar dos 410 votos a favor, contra 63 e uma abstenção, esperamos novas intervenções para a final decisão do que irá valer, ou não, futuramente para o Brasil.

Diante do exposto e com pesar, recebemos notícias, quase que diariamente, através da mídia falada e escrita, sobre desmatamentos, queimadas, ocupação desordenada, poluição do solo e dos rios, tráfico de animais silvestres (responsável pela retirada de milhões de animais das matas brasileiras); exploração comercial em larga escala, introdução de espécies exóticas, etc. São estes riscos que somados a outros impedem o sucesso de grandes Projetos ou Planos, principalmente os de recuperação de áreas degradadas e os que permitem manter a floresta em pé.