domingo, 18 de dezembro de 2011

RELAÇÃO TURISMO E MEIO AMBIENTE

Voltando no tempo: Fabio Cascino, em seu livro sobre Educação Ambiental relembra o maio de 68, em Paris - as chamadas "barricadas do desejo". "Pour une planète plus bleu era o slogan, a palavra de ordem, a frase-chave do movimento. Os estudantes de Paris clamavam pelo novo: "QUEREMOS UM PLANETA MAIS AZUL". Paris 68, o maio revolucionário, indicava para o mundo que existia algo de novo no ar, que alguma coisa diferente estava nascendo no pensamento humano. Olgária Matos no livro As barricadas do desejo afirma: "O maio de 68 significou entre outros uma crítica radical à fusão do indivíduo na totalidade, quer seja entendida como partido ou Estado".

Fábio vai mais longe e justifica: "Naqueles movimentos podemos identificar uma aspiração: é preciso resgatar o indivíduo e tirar o indivíduo da massa, da totalidade, do conjunto descaracterizado. É preciso repensar partido, indivíduo, participação política, Estado, etc."


Na minha opinião, o ambientalismo teve início na década de 60. Considerado como um movimento importante que trouxe mudanças e responsabilidades para o ser humano ( o homem) q. passou a defender a natureza interagindo com ela. Agora ele estava dentro do contexto e não fora dele. Essa mudança já vinha acontecendo tanto que em 1962 foi lançado o livro de autoria de Rachel Carson - o clássico Silent Spring, pois naquela época os problemas com pesticidas, inseticidas e outros acusavam perda de qualidade de vida... Seguiu-se outros Eventos, descobertas e hoje ainda estamos às voltas com quase os mesmos problemas (ou mais) e o homem não tomou a responsabilidade para si, ou melhor de repensar antes de consumir, detre outras práticas abusivas.

Ainda existem pessoas que imaginam ser MEIO AMBIENTE somente lugares com árvores e plantas, pensam somente o "verde". O meio ambiente não é somente o meio natural, mas também o ambiente artificial (criado pelo homem). Na nossa cidade ou município o meio ambiente é um todo (natureza/homem). O cuidado com os atrativos culturais e naturais testificam um turismo com responsabilidade que depende da preservação urbana e rural.

As conceituações para as diversas segmentações turísticas (ecoturismo, aventura, pesca, rural...) são práticas, estudos e planejamentos diferentes que oferecem melhor gerenciamento aos impactos ambientais. A natureza degradada não se recompõe rapidamente e o uso desordenado do meio ambiente influencia sim na atividade turística.

ass. Jainatur


Consulta:

Fabio Cascino.2.ed-São Paulo:Editôra SENAC São Paulo,2000.






REGIONALIZAR O TURISMO

REGIONALIZAR O TURISMO, conforme aprendizado na especialização Regionalização do Turismo /2010 é de suma importância q. aprendamos o seu significado...

Regionalizar o Turismo significa ter um olhar mais abrangente. Uma visão global das potencialidades, dos riscos, limites e tendências da atividade turística na sua região. É transformar ação centrada no município, em uma Política Pública mobilizadora, capaz de provocar mudanças, sistematizar o planejamento e coordenar o processo de Desenvolvimento Local, Regional, Estadual e Nacional, de forma articulada e compartilhada.

É um processo de planejamento de ações conjuntas que integra o Poder Público, Iniciativa Privada, Terceiro Setor, Lideranças Locais e as Comunidades ai onde vc. vive, de modo a organizar a atividade turística.

Regionalizar o Turismo é ainda retratar esses vários Brasis, que formam um país único a partir de um planejamento coordenado e participativo para se ter mais renda e mais oportunidades.

Especialistas em Turismo, do próprio Mtur, num debate via TV para todo o Brasil declararam até em forma de versos o valor, a importância de UM NOVO OLHAR PARA O TURISMO - claro q. acompanhei tudo, discuti via internet e anotei:

Descoberta dos sabores

Olhares vindos de tantos outros lugares

O que buscam esses olhares

Vindo de tantos outros lugares

Histórias para contar aos seus pares

Contagens infinitas de renovados contares

Ou a descoberta do sabor de novos ares?

O que tanto buscam esses novos olhares

Os verdes que ofereces aos milhares

As vestes da cor ancestral de múltiplos cocares?

A beleza da trama dos teus vários colares?

Ou o desbravar do imenso mistério desses mares?

O que buscam afinal, esses muitos olhares

O despertar mais especial dos despertares

O olhar diferente que tem ao te encontrares

Ou a configuração do inventares para fazer do amar amares.



Numa outra discussão falou-se sobre o PNT como sendo a linha mestra na condução política do turismo brasileiro. É ele que articula o setor público e privado, estabelece as diretrizes e as metas a serem alcançadas. Neste contexto o Programa de Regionalização define e propõe um ordenamento do Território brasileiro, fortalece as governanças regionais e prioriza os destinos turísticos com maior potencial. É um importante instrumento de planejmento e de organização da Oferta Turística brasileira, oferecendo maior qualidade e diversidade.

A Regionalização é um exemplo de como o Mtur executa a sua política, de forma participativa, em parceria com os Estados, Municípios e Entidades Representativas do Setor Turístico.

Assim, o curso de Regionalização nos trouxe a oportunidade de participar da construção dessa política e de fortalecer o próprio curso.

Excelente foi o debate sobre SUSTENTABILIDADE que tem como objetivo promover o desenvolvimento das Regiões turísticas. A palavra guia é sustentabilidade - uma premissa do Plano Nacional do Turismo/PNT que se desdobra em :

1- SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL - resumindo: compatibilidade do desenvolvimento turístico com os processos ecológicos.

2- SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA - resumindo: igualdade na distribuição dos benefícios proporcionados pelo desenvolvimento e geração de recursos para suprir as necessidades das futuras gerações.

3- SUSTENTABILIDADE SÓCIO-CULTURAL - resumindo: preservação da identidade dos valores e costumes de toda uma Comunidade.

4- SUSTENTABILIDADE POLÍTICO-INSTITUCIONAL - resumindo: continuidade da gestão de desenvolvimento turístico independente da alternância de poder.


Mas, como desenvolver o chamado Turismo Sustentável, com a utilização do Sistema de Gestão da Sustentabilidade, que devem acompanhar os impactos da atividade turística? O processo deve ser monitorado e avaliado permanentemente e os avanços e retrocessos devem ser medidos por meio de indicadores, uma vez que não há garantia de sustentabilidade em longo prazo, porque os fatores que o condicionam são muitos. Se é possível afirmar que o Turismo contribui para uma sociedade sustentável, essa contribuição deve ser possível de medição.

A sustentabilidade é imprescindível para um modelo de sucesso turístico em qualquer atrativo e em qualquer destino.

Em BONITO foi implantado esse modelo. Só serão competitivos os destinos que tenham Responsabilidade Social e Ambiental (muita atenção ).


Outros debatedores falaram sobre SENSIBILIZAR e MOBILIZAR a população ...

Na verdade, são ações fundametais e permanentes para o desenvolvimento sustentável da atividade nos municípios das Regiões turísticas.. Para mim estas duas palavrinhas são de um valor extremo e chego a brigar pela inexistência dessas ações na formação de Projetos ou Planos.

Identificar os atores locais é o ponto de partida para o desenvolvimento sustentável, ou seja: Quais são as instituições representativas da sociedade e que parceiros e meios podem contribuir para a realização dos eventos iniciais de Sensibilização e Mobilização? É recomendado ainda estabelecer agenda de reuniões (tenho todos os modelos).

Qdo as pessoas se conscientizam da relação entre patrimônio preservado( seja ele histórico, artístico, cultural ou material), da geração de mais oportunidade de trabalho e de desenvolvimento para a Região e de mais qualidade de vida para todos, então, o processo de sensibilização se torna um fator fundamental para o sucesso.

A gente consegue a sensibilização tocando às pessoas naquilo que é de interesse dela. Então perguntamos:

- Qual o interêsse do Poder Público no Desenvolvimento do Turismo?

- Qual o interêsse da Sociedade?

- Qual o interêsse da Cadeia Produtiva?

- Qual o interêsse dos Empreendedores do Turismo no Desenvolvimento e no Crescimento?

- Como que as Instituições de Ensino podem participar nesse processo de Sensibilização?

Então é fundamental, pois, o processo de sensibilização deve ser permanente. A gente deve estar sempre fortalecendo os momentos de diálogos que acontecem nas Reuniões, nas Oficinas, nos jatares, nos cafés-da-manhã, onde todos podem se encontrar, compartilhando as questões do Turismo. Por isso, que eu pessoalmente entendo que o Turismo não fica somente na falácia e sim nas ações conjuntas...

Outro processo ou estratégia de Mobilização é a formação de Redes. A própria consolidação das políticas públicas, no caso, da Regionalização do Turismo está ligado justamente no trabalho em Redes, que promove dinâmicas de expansão e o fortalecimento das várias Regiões turísticas.

A Rede integra pessoas ou instituições na busca desse objetivo e requer dos participantes apenas o sentido de cooperação . Além de facilitar a troca de informações, as Redes ainda possibilitam outras vantagens:

a- Aumento da Produtividade;

b- Redução dos Custos;

c- Acesso às Inovações Tecnológicas e aos Novos Mercados;

d- Maior poder de negociação.


A Rede deve ser um espaço democrático de participação. A dinâmica de funcionamento é um enorme somatório de ações simultâneas e diferenciadas. Muitos participam, colaboram e empreendem com autonomia por um objetivo comum.

O Espírito Santo passou a compor esta Rede de Regionalização do Turismo em 2003, quando criou lá no Estado, o Conselho Estadual do Turismo e fazendo parte deste Conselho as 10 Regiões Turísticas do Estado do ES e nas Regiões Turísticas, todos os atores envolvidos nesse processo: Empresários, Sociedade Civil, Órgãos Públicos, Parceiros que trabalham com Turismo, enfim, toda a Rede de Regionalização fazendo parte deste Conselho. Infelizmente, tem estados em q. o Conselho n.funciona a contento e nunca sabemos o que decidiram para nossa cidade (ou região) ou por nossa cidade.

O melhor de tudo é que o Estado do Espírito Santo, juntamente com todos os Estados da Região Sudeste (SP/MG/RJ) fazem parte de uma Rede onde os interlocutores trocam experiências e se unem para fortalecer essa REDE da Região Sudeste e a Reg. Sudeste, juntamente com as demais regiões do país, formam a GRANDE REDE DA REGIONALIZAÇÃO BRASILEIRA (precisa funcionar juntas).

Experiências isoladas não permitem a troca de conhecimentos, para a melhoria da competitividade do Turismo no País. A chamada Rede Nacional de Regionalização do Turismo facilita a comunicação entre os diversos agentes do programa o que estimula a formação de parcerias. A Rede Nacional se consolida no SALÃO DE TURISMO ROTEIROS DO BRASIL.




quinta-feira, 21 de julho de 2011

ATIVISTAS AMBIENTAIS EM ESTADO DE ALERTA

Um dos projetos de hidrelétricas citados do relatório é o de Santa Isabel, localizado na região do rio Araguaia, no Pará, que anos atrás havia sido retirado do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDEE).

A retomada do projeto foi o sinal de alerta para os ativistas ambientais. "O governo brasileiro quer fazer um monte de hidrelétricas para atender interesses de políticos e empreiteiras, naturalmente".

Em seu blog, Telma Monteiro diz que a hidrelétrica Santa Isabel pode afetar diretamente as Unidades de Conservação Parque Estadual Serra dos Martírios - Andorinhas, APA São Geraldo do Araguaia e APA Lago de Santa Isabel, localizadas em área considerada de alta prioridade para a proteção da biodiversidade, além de afetar diretamente 131 cavidades naturais.

Com área prevista de 250 Km2 de reservatório, está programado para gerar 1080 MW e atingir os municípios Palestina do Pará/PA, Piçarra/PA, São Geraldo do Araguaia/PA, Ananás/TO, Aragominas/TO, Araguaina/TO, Riachinho/TO e Xambioá/TO.


Matéria da jornalista Elaíze Farias

Jornal A Crítica

AMAZÔNIA TEM 100 PROJETOS DE HIDRELÉTRICAS


Jornal A Crítica

Matéria da jornalista Elaíze Farias

Data: 17/07/2011


O Relatório de Acompanhamento de Estudos e Projetos de Usinas Hidrelétricas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), cuja atualização data do dia 31 de maio de 2011, aponta 144 projetos de aproveitamento de usinas na Amazônia, entre grandes hidrelétricas e pequenas centrais hidrelétricas (PCH) - aquelas com potencial abaixo de 30 megawatts.

O projeto mais avançado é justamente a Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, usina que deverá gerar mais de 11 mil megawatts, e que vem sendo alvo de protesto de movimentos sociais e indígenas contrários ao empreendimento.

Os Estados do Acre, Amazonas, Pará, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão estão na lista dos projetos. Entre as bacias mais impactadas estão Jamamanxi, Tapajós e Teles Pires. No documento, ao qual o portal acritica.com teve acesso, há diferentes etapas das análises, entre inventários e elaborações do projeto.

No Amazonas, dois projetos se destacam: a elaboração de estudos na área do rio Canumã e seu afluente, rio /acari, na calha do Madeira. As hidrelétricas, diferentes das demais descritas no relatório, não trazem dados sobre potência prevista.

Os dois agentes responsáveis pela elaboração dos estudos e projetos no Madeira destas duas hidrelétricas são Voltalia Energia do Brasil e a Ersa-Energia Renováveis.

Na divisa do Acre com o Amazonas há também outro empreendimento previsto, localizado na região do rio Juruá e seu afluente, rio Moa. Não há informações sobre a potência. O estudo está em elaboração.

"O tamanho das hidrelétricas não é tão importante. Os impactos serão os mesmos e até duplicados. Estamos falando de Amazônia. Qualquer interferência vai ter sérias consequências ambientais e trair migração", analisou Telma Monteiro, ativista ambiental e estudiosa dos impactos sociais que as hidrelétricas provocarão na Amazônia, especialmente com represamento dos rios.

Em recentes entrevistas sobre os prejuízos das hidrelétricas na região, Telma Monteiro alerta que, diferente do discurso oficial do governo brasileiro, os empreendimentos não produzem energia limpa e barata.

domingo, 17 de julho de 2011

DIA DE PROTEÇÃO ÀS FLORESTAS

Hoje comemoramos o Dia de Proteção às Florestas. Acredito que esta data sirva, pelo menos, como reflexão frente às ameaças, que não são poucas e que comprometem os principais Biomas e Ecossistemas Brasileiros no século atual. Além da Floresta Amazônica (Floresta de terra firme, Floresta de várzea e Floresta de igapós); temos a Floresta da Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado, os Pampas, Banhados, Pantanal, Manguezais, Restingas, as Zonas de Cocais, Dunas e Mata Araucárias que se enquadram na Proteção de Florestas.

Quanta riqueza possui esse imenso Brasil! Riqueza tão explícita, real, sem levar em conta a taxa de extinção das espécies nos últimos anos . Em pleno século XXI o Brasil ainda discute e experimenta medidas de precaução e proteção para as nossas Florestas. Quando digo "em pleno" é válido salientar e ressaltar que há 19 anos (1992) aconteceu a conferência considerada como o grande marco das discussões ambientais globais; "ECO-92" e ficou conhecida como a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD). O seu objetivo principal foi de buscar meios de conciliar o desenvolvimento sócio-econômico com a conservação e proteção dos ecossistemas da Terra.

A ECO-92 propiciou a elaboração de vários documentos oficiais como: A Carta da Terra; três convenções (Biodiversidade, Desertificação e Mudanças Climáticas); uma declaração de princípios sobre florestas; a Declaração do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento; a Agenda 21 (que serviria como base para cada país elaborar seu plano de preservação do meio ambiente).

Nestes 19 anos, diversos Encontros, Conferências, Fóruns e Convenções foram criados para estabelecimento de metas, gerarem acordos nacionais e internacionais, onde as sugestões, críticas, opiniões e conhecimentos, pudessem de certa forma, minimizar os impactos ambientais e harmonizar justiça social e crescimento econômico com preservação do meio ambiente, principalmente das Florestas.

Ainda assim e de diversas formas, se discute, se analisa, o tão comentado Código Florestal, cujas mudanças propostas pelo deputado Aldo Rebelo, apesar dos 410 votos a favor, contra 63 e uma abstenção, esperamos novas intervenções para a final decisão do que irá valer, ou não, futuramente para o Brasil.

Diante do exposto e com pesar, recebemos notícias, quase que diariamente, através da mídia falada e escrita, sobre desmatamentos, queimadas, ocupação desordenada, poluição do solo e dos rios, tráfico de animais silvestres (responsável pela retirada de milhões de animais das matas brasileiras); exploração comercial em larga escala, introdução de espécies exóticas, etc. São estes riscos que somados a outros impedem o sucesso de grandes Projetos ou Planos, principalmente os de recuperação de áreas degradadas e os que permitem manter a floresta em pé.

sexta-feira, 18 de março de 2011

FAZENDA SANTA MARINA

FAZENDA DE SANTA MARINA
Fica em Santana dos Montes - MG
Viajar faz bem a qualquer pessoa e este atrativo turístico em área rural, além de lindo, é considerado como uma propriedade ZEN e aqui nada é por acaso. Cada detalhe foi cuidadosamente pensado e carinhosamente executado pelos proprietários.
Para ver as paisagens, as acomodações, os destaques e áreas de lazer, clique no site: www.fazendasantamarina.com.br
Esta matéria serve aos acadêmicos de turismo observar como se trabalha uma oferta turística tão procurada no momento.
FONTE: Revista Globo Rural