Quem não gosta de apreciar um quadro cuja paisagem é formada por árvores frondosas, plantas, flores, riacho ou córrego, alguns com casas ou vilarejos e que na maioria das vezes nos transportamos e nos imaginamos alí como visitante fictício? Nas nossas cidades, nos filmes, novelas, revistas, nas viagens, através da internet, temos a oportunidade de apreciar paisagens, ver e sentir quão bela é a natureza. Então como esta natureza se relaciona com o lixo?
Já imaginou ou se perguntou para onde vão as folhas que caem das árvores e o que acontece com os pássaros e animais quando morrem? Muito fácil se disser: " morreu se enterra"e também não aceitar que eles passam pelo processo de reciclagem da própria natureza. Todas as plantas e animais mortos apodrecem e se decompõem. São destruídos por larvas, minhocas, bactérias e fungos e os elementos químicos e nutrientes que êles contêm voltam à terra. Podem ficar no solo, nos mares ou rios e serão usados novamente pelas plantas e animais. O ciclo de morte, decomposição, nova vida e crescimento, é interminável.
Para melhor compreensão desse ciclo imagine o que acontece nos jardins, quando folhas, frutos e plantas mortas caem no chão, decompõem-se e formam o húmus tão valioso para melhorar a estrutura e a textura do solo. Na verdade, este solo enriquecido, possibilita o nascimento de novos seres vivos.
Quando se diz que não existe lixo e sim matéria-prima fora do lugar é o mesmo que afirmar a eficiência da natureza no tratamento do lixo, que não é propriamente lixo, uma vez que ele é novamente usado ou transformado em substâncias aproveitáveis. Até os animais aproveitam espaços quando se utilizam do tronco de árvore morta, sem folhas e galhos. Os pássaros podem servir de exemplo, pois costumam fazer morada nestes troncos, antes que caiam no solo e se transformem em húmus. Hoje, com o desenvolvimento da tecnologia, grandes empresas de reciclagem utilizam-se de máquinas possantes para moer os galhos de árvores, oriundos das podas urbanas, para venderem como adubo.
Diminuir a quantidade de lixo gerada e encontrar soluções adequadas para eliminar o que parece não tem mais jeito é atualmente uma preocupação global. Na verdade quando o homem explora os recursos da terra e não os reutiliza ou recicla, o meio ambiente se polui com o refugo desses produtos, uma vez que a poluição impede que os ciclos naturais se realizem apropriadamente.
Ambientes poluídos são perigosos para a saúde - ameaçam o bem-estar do Planeta e de nossas próprias vidas. Quando o lixo doméstico não é retirado diariamente o odor forte dos restos de alimentos tornam-se um atrativo para roedores e insetos que podem causar danos à saúde do ser humano.
O certo é aproveitar os resíduos orgânicos antes de jogar tudo no mesmo saco plástico e ainda os resíduos como: latas, papéis, plásticos e vidros também separados, estes, deverão ser enviados para a coleta seletiva municipal. A ação de cada um pode sim, fazer a diferença para diminuir o acúmulo de lixo nos aterros sanitários, reduzir a exploração do meio ambiente e muito mais.
Quanto a separação correta do lixo úmido para se fazer o composto orgânico, este deve ser feito com materiais muito bem selecionados, caso contrário, poderá ser contaminado por metais pesados e tóxicos: separe as sobras de cozinha (restos de legumes, verduras, frutas e alimentos, filtro e borra de café, ovos e saquinhos de chá); lixo de jardim (galhos de podas, palhas, flores e cascas); materiais que ajudam na estrutura das futuras leiras ( papéis, penas, cabelos e uma porção menor de palhas secas) materiais que não servem para compostagem ( vidros, metais, plásticos, couro, borracha, verniz, tintas, óleos e restos de produtos químicos. Todos causam mau cheiro, pois atraem roedores, disseminam doenças e introduzem elementos tóxicos ou patógenos no omposto).
A compostagem doméstica deve ser realizada amontoando-se o material em camadas, na forma de pilha ou leira, em composteira, ou por aterramento - o que dependerá de espaço e recursos locais. As leiras de 1,5m de lardura X 1,2m de altura são indicadas para espaços grandes. Se o local for pequeno, utilize as composteiras artesanais que variam de tamanho, forma ou número de pilhas. "Antes de fazer as pilhas, pique bem o material seco com um garfo de jardim, para a troca do oxigênio. Cubra com capim para segurar o nitrogênio, manter a umidade e evitar o mau cheiro. Esse húmus ao final do processo será de grande utilização no seu jardim e agricultura.
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