Os 192 países representados na Cúpula do Clima em Copenhague (COP 15), na Dinamarca, têm agora até sexta-feira para o que fazer para combater o aquecimento global.
Um rascunho sobre as principais medidas propostas já está em discussão, mas o clima na conferência ainda vai mudar muito, entre nebuloso e bom.
Os países em desenvolvimento, reunidos no G77, taxaram de "insignificante" a proposta da União Europeia (UE) de conceder ajuda de 10 bilhões de dólares, nos próximos três anos, às nações mais pobres, para que enfrentem a mudança climática.
Na verdade, os ricos estão oferecendo menos, queixam-se os representantes das nações em desenvolvimento. Tempos atrás, os europeus haviam anunciado que concederiam uma ajuda de 100 bilhões de dólares, para os países mais pobres e vulneráveis, a título de "adaptação" aos efeitos do aumento da temperatura no planeta.
O texto obtido pela AFP do rascunho oficial de um acordo mundial sobre o clima também prevê limitar o aumento da temperatura do planeta em 1,5º C ou 2,0ºC.
Mas é vago no que diz respeito ao financiamento, e tampouco cita uma data limite para a conclusão de um tratado legalmente vinculante (acordado por todos os países e com valor legal).
Este documento será apresentado aos ministros do Meio Ambiente de todo o mundo, para que seja ratificado no dia 18 de dezembro durante a reunião da qual participarão 110 líderes mundiais.
NOVAS REUNIÕES
Se tudo sair bem, um acordo político em Copenhague seria seguido por reuniões, em 2010, sob a Convenção Marco da ONU, sobre Mudanças Climáticas, integrada por 194 países, para decidir detalhes importantes.
O pacto global entraria em vigor a partir de 2013, depois de expirados os compromissos do Protocolo de Kioto.
O rascunho foi apresentado pelo Grupo de Trabajo ad hoc sobre Ação de Cooperação a Longo Prazo. O texto inclui vários parênteses, que põem em evidência os desacordos entre vários participantes.
"As partes vão cooperar para evitar mudanças perigosas do clima, em manter os objetivos últimos da Convenção, reconhecendo (a opinião científica geral) de que o aumento da temperatura média mundial sobre os níveis pré-industriais não deva ser superior a (2ºC) (1,5ºC)", afirma o documento, de sete páginas, e que será utilizado a partir de agora omo base das negociações nesta semana decisiva.
FONTE: Notícia publicada no Jornal A Crítica/Manaus em 13 de dezembro de 2009
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