sábado, 12 de dezembro de 2009

NOTÍCIAS DA COP-15/COPENHAGUE

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, iniciada no dia 7 de dezembro/2009 recebeu representantes do Brasil, cuja delegação conta com mais de 600 pessoas. O grupo é composto por representantes dos governos federal, municipal, estadual, além de parlamentares, empresas, ONGs e movimentos sociais.
A comitiva do governo brasileiro será coordenada pela Ministra Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que deverá estar acompanhada por outros ministros de Estado. Cada ministério conta ainda com um grupo técnico restrito, formado por diplomata e assessores especiais, conforme registrado no www.cop15brasil.gov.br.
Vale salientar que as delegações e demais representantes seguem separadamente, ou seja, de acordo com os eventos paralelos do Brasil na COP-15. No dia de ontem (11/12) o Fundo Amazônia apresentou "Uma aplicação prática de incentivos para projetos REDD", cujo palestrante - BNDES. Houve também um debate "Brasil e o Mundo nas Mudanças Climáticas", com Marco Fujihara/especialista em M.Climáticas da Fiesp e Eduardo Athayde da Worldwatch Institute.
Assim e dessa forma, os trabalhos vão sendo apresentados no Espaço Brasil, localizado no Hall C7, no Bella Center, onde estão sendo realizados diversos eventos paralelos; desde debates, palestras, seminários e apresentações de painéis.
O Jornal ACrítica publicou hoje (11/12) - ANTONIO XIMENES - enviado especial
Os recursos para combater os efeitos das mudanças climáticas devem ser da ordem de US$ 200 bilhões anualmente. É com este valor que o presidente do LCA (gupo que discute as ações de longo prazo da Convenção do Clima), Michael Zammit Cutajar, trabalha como principal base para ser colocado no texto, que será apresentado hoje, as 8h na Dinamarca (3h em Manaus), aos 192 países que participam da COP 15, onde cada nação tem um voto e tudo tem que ser aprovado por consenso. "Duzentos bilhões de dólares/ano refletem as posições de vários estudos de instituições sérias, que acho que podem ser considerados com uma ordem razoável para o texto que será apresentado às Partes, amanhã (hoje)", afirmou o embaixador Luiz Alberto Figueiredo, negociador chefe do Brasil e vice-presidente do LCA.
O texto, que foi preparado até altas horas de ontem para ser aceito por todos os países, precisa ser uma verdadeira obra de arte da diplomacia mundial, mas o desafio é grande e os esforços são de dois anos e oito rodadas, desde a COP de Bali em 2007.
Sem dúvida, o principal desafio é o de chegar a números que possam ser aceitos pelos países desenvolvidos, que são, em linhas gerais, os que pagam a conta. Vale destacar, no entanto, que foram eles os principais responsáveis pelo aquecimento global, em função de suas economias altamente poluentes.
Mas, se de um lado existe a boa vontade de se encontrar valores de longo prazo razoáveis para enfrentar os efeitos devastadores das mudanças climáticas, de outro, as nações desenvolvidas insistem em agir no curto prazo, como a criação de um fundo de US$ 10 bilhões, que seriam repassados às nações em desenvolvimento até 2012.
SAIBA MAIS - KYOTO:
- Como se não bastassem as complicações de natureza financeira, os países ricos querem acabar com o Protocolo de Kyoto. Isso acontecendo, as contribuições que eles deveriam fazer na segunda etapa do Protocolo (pós 2012) não seriam necessárias.
Ontem, mais de cem manifestantes protestaram na sede do Bella Center contra esta postura das nações desenvolvidas. Com este cenário, o secretário executivo da ONU para o Clima, Yvo de Boer, tem muito a se preocupar, porque a COP 15 encerra no dia 18.
A esperança está nos chefes de Estado que começarão a chegar no domingo. Por essa razão que um "texto guia" é fundamental para encurtar distâncias.

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